FORÇA MOTRIZ

Somos Força Motriz, Pensamentos
Vagando no Éter da comunicação
Colhendo palavras, sentimentos
Semeando Amor em pura doação.

Encontrei a ti e junto com estes versos
Que são frutos desta minha emoção,
Traduzindo carinho à todos por certo
Espero tocar bem de leve teu coração.

Tú, que com amizade me homenageias
Infundindo em mim, esta gratidão
Certamente de mim, tu granjeias

Um lugar que é só teu e com razão.
Apesar da distância que nos permeia
Está aqui, no fundo do meu coração.


Você é o visitante nº

sábado, 6 de novembro de 2010

Padre - de Joan Manuel Serrat. Tradução de Valdemir F.S.Costa


                                P A I.  (PADRE)
Pai, diz-me o que estão fazendo ao rio que já não canta.
Ele desliza como uma barba morta sob um palmo de espuma branca.
Pai, este rio já não é o rio.
Pai, antes que chegue o verão, esconde tudo o que está vivo.
Pai, diz-me o que fizeram ao bosque que já não tem árvores.
No inverno, não teremos fogo, nem teremos um lugar para nos protegermos.
Pai, O bosque , já não é o bosque.
Pai, antes que escureça, enche de vida a despensa.
Sem lenha e sem peixes, teremos que queimar a barca.
Plantar o trigo entre as ruínas e fechar a casa com três trancas.
E dizias, pai: Se não plantares as sementes, não haverão pinheiros, nem vermes, nem  pássaros.
Pai, onde não tem flores, não  se tem abelhas, nem cera, nem o mel.
Pai, este campo, já não é o campo.
Pai, amanhã o céu choverá sangue.
O vento, canta chorando.
Pai, já estão aqui, monstros de carne com garras de ferro.
Pai, não tenhas medo; e decide que não, que eu os espero.
Pai, estão matando a terra.
Pai, deixa de chorar, que já nos declararam a guerra.

Música: “Padre” de Joan Manuel Serrat.
 Tradução feita por Valdemir F.S.Costa

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Certeza

Eu sei ! Nós sabemos...
O que atrai-nos é o mistério.
É o querer sem nada dizer...
É o calar o que no olhar, já dissemos,
É sorrir se no íntimo, sofremos...
É fugir quando o desejo é ficar.
É chamar-te de amiga, em vez de amor,
É evitar o mergulho em sonhos,
Para não desvendar em nossos mundos,
A dor da desilusão.
É querer te amar de olhos abertos
E sentir que depois do amor,
Continuaremos a trilhar a mesma estrada.
não mais como amigos,
Mas como amantes.