
Vêde-os Senhor ! Implorando pão.
Crianças ainda. São teus filhos...
Arrastando-se no imundo chão,
de fome, gritando em estribilho
Borrões de tinta em tela infinda.
Ao longe perde-se o olhar e não devassa
a escuridão de olhos mortos nas retinas
marca indelével e cruel da desgraça.
E eles viverão do terror e do crime.
E elas venderão sorrindo sua carne,
e tudo por um pedaço de pão.
A sociedade comtempla-os, covarde...
Propala teorias, mas não os redime.
Vêde-os Senhor ! São teu irmãos.